Uma voz profética em tempos de mudança
Vivemos tempos marcados por crises sociais, ambientais, econômicas e espirituais. Em meio a esse cenário, o Papa Francisco se destacou como uma voz profética, que clama por justiça, fraternidade e responsabilidade. Ele nos convidava a não sermos indiferentes diante do sofrimento do mundo, mas sim protagonistas de uma cultura do encontro e da paz.
Um olhar atento ao mundo
Desde o início de seu pontificado, Francisco demonstrava grande sensibilidade para as dores da humanidade:
- A exclusão social
- As guerras e migrações forçadas
- A degradação do meio ambiente
- A desigualdade econômica
- A crise das relações humanas e espirituais
Ele não apenas apontava os problemas, mas propunha caminhos concretos de transformação. Seu estilo era simples, direto, mas profundamente enraizado no Evangelho e no amor ao próximo.

Laudato Si’ – O clamor da terra e dos pobres
Um marco de sua atuação foi a publicação da encíclica Laudato Si’ (2015), onde o Papa falou sobre o cuidado com a Casa Comum. Nesse documento, ele denuncia a exploração descontrolada dos recursos naturais e a indiferença diante da miséria humana.
“Tudo está interligado. O clamor da terra e o clamor dos pobres são o mesmo clamor.”
(Laudato Si’)
A ecologia, para ele, não é só ambiental — é também humana, social e espiritual. Por isso, cuidar da criação é também lutar contra a pobreza, proteger os mais frágeis e promover um estilo de vida mais simples e consciente.
Fratelli Tutti – Todos irmãos
Outro documento poderoso é a encíclica Fratelli Tutti (2020), um apelo à fraternidade e à amizade social. Em tempos de polarizações e conflitos, o Papa nos lembra de que somos todos irmãos e irmãs, chamados a viver o amor sem fronteiras.
Ele convida à construção de pontes, ao diálogo entre culturas e religiões, à solidariedade como caminho de paz. O Papa nos propõe um novo modo de viver em sociedade, inspirado na parábola do bom samaritano.
A coragem de ser Igreja no mundo Francisco mostrava que a Igreja não pode se fechar em si mesma. Ela deve ser uma Igreja em saída, que vai ao encontro dos que sofrem, dos que estão à margem, dos que buscam sentido.
Ele nos convidava a uma fé encarnada, ativa, concreta — e isso é profundamente educativo para nossas comunidades escolares.
Como colégio católico, somos chamados a formar alunos com olhar crítico, espírito solidário e coração aberto. Que possamos, inspirados pelo Papa, preparar nossos estudantes para serem construtores de um mundo mais justo, fraterno e sustentável.