Se houve um tema que tocou profundamente o coração do Papa Francisco, esse tema foi a educação. Para ele, educar não era apenas transmitir conteúdos — era formar pessoas, cidadãos e cristãos capazes de transformar o mundo com amor, justiça e solidariedade.
O Pacto Educativo Global
Em 2019, o Papa lançou um chamado ao mundo inteiro: construir um novo pacto educativo global. Seu objetivo era ambicioso e necessário: unir forças entre famílias, escolas, instituições religiosas, governos e a sociedade civil para repensar a educação de forma integral.
Segundo o Papa, vivíamos uma verdadeira “catástrofe educativa” quando se educava apenas para o sucesso pessoal, o consumo ou a competição. Ele propôs um novo modelo baseado em três pilares fundamentais:
- Colocar a pessoa no centro: Respeitar a dignidade de cada ser humano, em todas as suas dimensões — intelectual, emocional, espiritual e social.
- Educar para o serviço: Formar corações sensíveis à dor do outro, dispostos a agir em favor do bem comum.
- Cuidar da Casa Comum: Incluir a ecologia integral como parte essencial do processo educativo, em consonância com a encíclica Laudato Si’.
“A educação é uma das formas mais eficazes de humanizar o mundo e a história.”
(Papa Francisco, videomensagem sobre o Pacto Educativo Global, 2020)
A Escola como Espaço de Encontro
Para Francisco, a escola não era apenas um lugar de ensino, mas um verdadeiro espaço de encontro e de construção de relações humanas autênticas. Ele falava com carinho da importância do diálogo entre gerações, do papel dos professores como verdadeiros “artesãos da humanidade” e da necessidade de uma pedagogia que envolvesse o coração, a mente e as mãos.
“Educar é um ato de amor, é dar vida.”
(Papa Francisco)
Esse “encontro” não era apenas físico, mas espiritual e afetivo. O Papa convidava a cultivar uma cultura do cuidado, onde o outro não era apenas um colega ou aluno, mas um irmão em humanidade.

O Educador como Testemunha
Francisco lembrava constantemente que um educador não ensinava apenas com palavras, mas com o exemplo de vida. Chamava os professores, diretores e profissionais da educação a serem testemunhas vivas de valores éticos, espirituais e humanos. Pessoas que escutavam, acolhiam, acompanhavam e inspiravam com coerência e generosidade.
“Não se pode educar sem dar testemunho.”
(Papa Francisco)
E para nós, como Colégio Católico?
A mensagem do Papa permanece clara e viva: a escola deve ser um lugar onde se aprende a pensar, sentir e agir com amor. Um espaço onde se formam consciências, onde se ensina a cuidar do próximo e do planeta, onde se cultiva a fé e o serviço.
No Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração, esse chamado continua ecoando com força. Como comunidade educativa católica, somos convidados a viver cada projeto, cada aula, cada gesto com intencionalidade e fé. A proposta do Pacto Educativo Global se torna realidade quando:
- Valorizamos o protagonismo dos alunos e promovemos a escuta ativa.
- Integramos espiritualidade, solidariedade e cidadania em nossas práticas pedagógicas.
- Cuidamos da criação por meio de ações concretas de sustentabilidade.
- Fomentamos o diálogo intergeracional, o respeito às diferenças e a cultura da paz.
Educar, para o Papa Francisco, era uma missão sagrada. Era semear esperança, construir pontes, transformar corações. Que possamos, como educadores e como escola católica, honrar sua memória e seu legado com coragem, criatividade e fé.
“Para educar uma criança é preciso uma aldeia inteira.”
(Provérbio africano citado por Papa Francisco)
No próximo post da nossa série especial, vamos refletir sobre a relação do Papa Francisco com os jovens — um diálogo cheio de afeto, confiança e desafio. Acompanhe com a gente!
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Texto produzido por Camila de Sá, equipe de Marketing do Colégio Nossa Senhora do Sagrado Coração.